Em 1979, Martins de Porangaba assistiu, no Studio São Pedro, em São Paulo, à peça Macunaíma, recriação cenográfica feita por Antunes Filho da rapsódia de Mário de Andrade. A plasticidade do espetáculo o impressionou profundamente. Reviveu, através da montagem teatral, estórias que lhe haviam sido narradas pelo avô Salvador e também por seu pai e por seu tio João. A peça lhe remeteu à leitura do texto original do livro e a ensaios sobre ele. Viu ainda o filme Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade. Destas vivências lhe veio um desejo irresistível de dar interpretação pessoal ao universo do “herói sem nenhum caráter”, que, na concepção de seu autor, representa a alma e os padrões de comportamento do brasileiro comum.
Começou a realizar uma série de aquarelas, óleo sobre tela, técnicas mistas e desenhos referenciados na rapsódia marioandradina. Em março de 1980 ele expôs, pela primeira vez em público, obras da série. Foi quando o conhecemos.
Enock Sacramento
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